
Foto: Residência do Coronel João Duarte, 1900 - Arquivo da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases
No ano de 1872, chega ao Brasil, um português que iria fazer história em Cataguases, trata-se de João Duarte Ferreira. Nascido em Freixosa em 1850, aos 22 anos de idade, este português resolveu cuidar da própria vida largando a querida pátria e vindo para o Brasil em busca de uma nova vida.
Em 1873, o jovem João Duarte chega ao então povoado do Santa Rita do Meia Pataca, onde trabalha na Estrada de Ferro Leopoldina Raigh-Way.
Com a transformação do povoado em Vila de Cataguazes e a inauguração da Estrada de Ferro, o comércio tem um grande desenvolvimento e o Coronel João Duarte logo se emprega no Hotel Venâncio, lá, conquistando a simpatia de todos inclusive do proprietário do estabelecimento começa a melhorar de vida.
Como todo imigrante, assim que ganhava algum dinheiro, investia logo em terras, com isso, João Duarte foi ficando cada vez mais rico.
Em 1881, a vila de transforma em cidade e João Duarte se destaca como um grande cafeicultor da cidade e região, passado a ser conhecido como Coronel João Duarte.
Como um grande investidor, o Coronel João Duarte também investe em outras áreas como o Banco de Cataguazes, o Banco Construtor do Brasil, foi um dos fundadores da Companhia de Fiação e Tecelagem Cataguases, e a Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina.
O Coronel também investe na educação, ajudando a fundar o Ginásio e Escola Normal de Cataguazes.
Na saúde, ele se destaca como um dos fundadores do Hospital de Cataguases.
Quando Cataguases foi assolada pela febre amarela entre os anos de 1889 e 1896, o Coronel João Duarte defende um planejamento de saneamento básico elaborado pelo renomado engenheiro Paulo de Frontin.
Na política, o Coronel João Duarte foi Intendente da Junta Nomeada pelo presidente de Minas Gerais, várias vezes vereador, Presidente da Câmara e Agente-Executivo do Município, investindo na urbanização da cidade com a instalação de luz e esgoto, novas ruas dentre as quais a Avenida Astolfo Dutra, criação do Grupo Escolar Coronel Vieira, e do Hospital de Cataguases.
A Praça Catarina, foi construída em 1888, em meio a vegetação abundante em grande terreno aprazível, classificada como chalé romântico, de estilo eclético característicos das regiões produtoras de café e atendidas por Companhia de Estradas de Ferro.

Foto: Interior da casa de Coronel João Duarte, década de 20 - Arquivo da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases
O Coronel João Duarte Mandou construir a bela chácara para presentear Dona Catarina Zausa. Ali se realizavam animadas festas juninas, nas quais a única exigência para participar era estar vestido à caipira, para dançar quadrilha.” (in – Uma viagem do tempo pelas terras de Cataguases).

Foto: Senhorinhas na ponte da casa do Coronel João Duarte, 1889 - Arquivo da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases
Dizem os populares que ela, Catarina, gostava de receber as pessoas para conversar, como na fotografia onde percebe-se um diálogo descontraído com a criança na sala de estar.

Foto: Dona Catarina conversando com uma criança, década de 20 - Arquivo da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases
Notável é a ornamentação com lambrequin (ornamento em forma de faixas de tecido que caem do elmo sobre escudos de armas) rendilhados de madeira e a varanda com estrutura de ferro delicada e degraus de pedra laminada e lavrada como cantarias. De estilo eclético conta com detalhes de madeira que parecem uma renda

Foto: Interior da casa do Coronel João Duarte, 1889 - Arquivo da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases
Inaugurado em 2000, o Museu Chácara Dona Catarina logo tornou-se uma das referências da Cataguases Século XXI. Não só pela beleza de sua arquitetura – ou pelo arejamento que a amplidão de seus espaços trouxe a toda a área. Para seu jardim foi adquirida em 2003 uma bela escultura de Sonia Ebling, escolhida em votação popular denominada Violeta.
Hoje abriga a Biblioteca Municipal “Ascânio Lopes”; a Casa da Leitura e o PROLER.

Foto: Dona Catarina, década de 20 - Arquivo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases
O Coronel João Duarte Ferreira faleceu em Junho de 1924 na cidade do Rio de Janeiro e não deixa filhos, os seus bens foram administrados pelo seu afilhado João Duarte Ferreira de Carvalho como mostra diversos documentos organizados no Centro de Documentação Histórica de Cataguases.
Fonte: http://www.professorherminio.blogspot.com/ e http://historiadecataguases.blogspot.com/2008/02/personalidade-de-cataguases-joo-duarte.html
acessado em 06.01.2023
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Redatora Chefe
Karla Valverde